Preso preventivamente desde o dia 14 de fevereiro, o vice-prefeito de Tubarão, Caio Tokarski (União Brasil), aguarda o julgamento do seu primeiro pedido de Habeas Corpus. A solicitação foi protocolada no Superior Tribunal de Justiça (STJ) e pede a anulação da prisão do político.
A peça é assinada por três advogados do escritório paulista ‘Podval’: Daniel Romeiro, Luiza Braga C. de Miranda e Roberto Podval. Este último, especializado em direito criminal, responsável por defender políticos como José Dirceu e Ricardo Salles.
Tokarski é um dos alvos de investigação da Operação Mensageiro, que apura suspeita de fraude em licitação, corrupção ativa e passiva, organização criminosa e lavagem de dinheiro no setor de coleta e destinação de lixo dos municípios.
No documento de defesa, os advogados do vice-prefeito alegam que a desembargadora responsável pela relatoria do caso no Tribunal de Justiça reproduz “métodos ilegais da Lava Jato”, como “dar crédito a palavra de delator sem que ele apresente qualquer prova confirmando as acusações”.
Em depoimento, um dos delatores da Operação Mensageiro disse ter encontrado Caio Tokarski em 2016, antes mesmo do seu primeiro mandato, e que na ocasião o político teria pedido R$ 30 mil em propina.
Esse depoimento teria sido, supostamente, a razão para a prisão de Caio.
A defesa, entretanto, entende que se houve conduta ilegal nesse sentido, seu cliente deve responder por crime eleitoral, na Justiça Eleitoral.
Em momento algum os advogados de Caio Tokarski mencionaram o fato dos agentes do Gaeco terem encontrado uma minuta no carro do político, que, supostamente, tinha como objetivo “investigar os investigadores”.