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A posse do ministro Alexandre de Moraes como presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) proporcionou cenas de cordialidade entre rivais há muito não vistas em Brasília.
Política
Publicado em 17/08/2022

A posse do ministro Alexandre de Moraes como presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) proporcionou cenas de cordialidade entre rivais há muito não vistas em Brasília.

O ministro conseguiu reunir na sede da corte quase todos os ex-presidentes vivos: José Sarney (MDB), Luiz Inácio Lula da Silva (PT) , Dilma Rousseff (PT) e Michel Temer (MDB), além do atual mandatário, Jair Bolsonaro. Os ex-presidentes Fernando Henrique Cardoso (PSDB) e Fernando Collor (PTB) não compareceram.

Todos chegaram à solenidade acompanhados de um séquito de correligionários, auxiliares (e ministros, no caso de Bolsonaro). A presença de rivais políticos em um mesmo recinto, porém, passou do protocolar.

Lula e Temer, que se tornaram rivais durante o processo de impeachment de Dilma, passaram vários minutos conversando ao pé do ouvido momentos antes de a solenidade começar.

Dilma, que foi apeada do poder para que o emedebista assumisse o cargo, já demonstrou estar magoada com o sucessor e não chegou perto da conversa com Lula.

Ela estava em uma roda com as ministras do Supremo Tribunal Federal (STF) Rosa Weber, indicada por ela, e Cármen Lúcia, indicada por Lula. Ministro das Comunicações de Bolsonaro, Fábio Faria em determinado momento chegou na roda e cumprimentou as três. Minutos antes, havia trocado palavras com o também petista José Eduardo Cardozo, ex-ministro da Justiça de Dilma e advogado que a defendeu durante o processo de impeachment.

Pelo protocolo da solenidade, os ex-presidentes sentaram-se à primeira fileira do auditório principal do TSE.

Já Bolsonaro, presidente no exercício do cargo, foi colocado na mesa principal, ao lado dos presidentes do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e dos ministros do TSE — entre eles Moraes, com quem teve duros atritos e que agora conduzirá a eleição presidencial de outubro.

Bolsonaro adentrou o recinto, no momento em que a solenidade estava prestes a começar, com feição sisuda. Não cumprimentou os demais presidentes. Sentou-se em frente bem em frente a Dilma e ao lado de Moraes. A certa altura da cerimônia, Bolsonaro cochichou no ouvido de Moraes e sorriu. Momento de descontração impensável até há algumas semanas.

A posse reuniu outros protagonistas da política contemporânea, como o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ), filho do presidente, o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, e os deputados Aécio Neves (PSDB-MG) e Paulinho da Força (SD-SP).

 

 

Fonte: Valor
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