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16 pessoas seguem presas após operação Mensageiro: ‘maior esquema de corrupção de SC’
Geral
Publicado em 03/01/2023

Quase um mês após a Operação Mensageiro, cuja investigação apura crimes de corrupção no setor de coleta de lixo em várias cidades de Santa Catarina, 16 pessoas seguem presas preventivamente, entre elas, os prefeitos de Itapoá, Balneário Barra do Sul, Pescaria Brava e Papanduva.

Durante o recesso do Poder Judiciário, quatro dos presos entraram com pedido de habeas corpus no STJ (Superior Tribunal de Justiça). Todos os pedidos, porém, foram negados pela ministra presidente do STJ, Maria Thereza de Assis Moura, em regime de plantão.Um dos presos, chegou a apresentar dois pedidos de habeas corpus também ao Supremo Tribunal Federal, onde recebeu nova negativa. A ministra presidente Rosa Weber entendeu que os requerimentos não deveriam ser analisados no plantão e não determinou a soltura.

Pedido negado ao “mensageiro”

Um dos presos que teve o pedido negado pelo STJ é o empresário Altevir Seidel, apontado como o mensageiro que dá nome à operação. Segundo a investigação, ele seria o responsável por entregar a propina da empresa Serrana Engenharia aos agentes públicos envolvidos.

 

“Há diversas imagens de encontro do investigado com agentes públicos, extrações de dados de encontros e contatos, filmagem de maços de dinheiro em frente à casa de um prefeito, etc. Basicamente, se existe o maior esquema de corrupção da história de Santa Catarina, é devido à atuação de Altevir Seidel na entrega de ‘dinheiro vivo’ para prefeitos e outras autoridades”.

A decisão da Justiça ainda cita que “o investigado demonstra elevada infiltração e conhecimento no mundo da criminalidade, ao ponto de ter parado de utilizar o veículo que estava sendo monitorado, bem como alterar constantemente suas linhas telefônicas, o que igualmente inviabiliza qualquer aplicação de medida alternativa ao cárcere, porquanto não impediria que o investigado voltasse a delinquir”.

Quatro prefeitos seguem presos na operação

Quatro prefeitos seguem presos preventivamente: Luiz Henrique Saliba, de Papanduva, Antônio Rodrigues, de Balneário Barra do Sul, Deyvison Souza, de Pescaria Brava, e Marlon Neuber, de Itapoá.

A investigação apura suspeita de fraude em licitação, corrupção ativa e passiva, organização criminosa e lavagem de dinheiro no setor de coleta e destinação de lixo. A suspeita é de que a empresa Serrana tenha feito pagamentos em forma de propina a políticos para se manter no serviço.

A operação Mensageiro foi deflagrada pelo Gaeco (Grupo Especial de Combate às Organizações Criminosas) e pelo GEAC (Grupo Especial Anticorrupção), do Ministério Público.

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