125 cidades catarinenses estão com decretos de emergência assinados por conta da seca. O número representa 42% dos municípios, segundo dados da Defesa Civil atualizados na terça-feira (22). Na agricultura, as perdas provocadas pela estiagem histórica causada pelo baixo volume de chuva chegaram a R$ 3,7 bilhões em fevereiro.
Em 2020, o estado igualou a pior seca da história do estado, registrado anteriormente em 1957. Desde então, ela vem se mantendo por causa da falta de chuva, informou a Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural (Epagri), órgão que monitora as condições do tempo no estado.
Em dezembro de 2021 e em janeiro e fevereiro deste ano as chuvas ficaram abaixo da média, que variou entre 30 a 40 mm. O esperado seria em torno de 150 mm, de acordo com a Epagri.
Segundo o hidrólogo Guilherme Xavier de Miranda Junior, desde 2019 as cidades catarinenses sofrem com a seca. No ano passado a situação amenizou, apesar das ocorrências de chuva ainda ficarem abaixo do esperado. Para este ano, a previsão é de pouco volume de chuva para os próximos três meses.
Em termos econômicos, segundo o Centro de Socioeconomia e Planejamento Agrícola (Epagri/Cepa), a cultura agrícola mais atingida até o momento é a soja primeira safra, que já soma prejuízos de R$ 1.575.898.632,6.
No caso do milho grão, o prejuízo para economia catarinense é de R$ 1.473.045.105,1, causado por uma perda de 936.285,8 toneladas do grão. O número representa quebra de 34,5% na safra.
A primeira safra de feijão é outra que sofre com a pouca chuva em Santa Catarina. Até o momento, a estimativa de produção é de 53.066,4 toneladas, ou seja, 15.358,1 toneladas a menos do que o estimado incialmente, uma quebra de 22,4%. O prejuízo previsto é de R$ 63.049.926,9.
Foto: Andrielli Zambonin / NSC TV
Fonte: HC Notícias